Caros cidadãos conscientes,
Hoje, quero guiá-los por um território muitas vezes negligenciado, mas crucial para a segurança de todos nós: as abordagens realizadas pelos Guardas Municipais e outros Operacionais. Por trás das fardas, distintivos e equipamentos, existe uma batalha constante entre o dever de proteger e os riscos desconhecidos que cada abordagem traz consigo.
No teatro arriscado das abordagens, os operacionais se veem em um combate aproximado, onde a informação é escassa e a ameaça, real. Diferentemente do passado, onde observávamos características físicas, hoje, avaliamos o comportamento, tornando o processo imprevisível. O operacional, que não é dotado de poderes sobrenaturais, enfrenta um dilema constante: acreditar que há uma ameaça, sem uma bola de cristal para antecipar os perigos iminentes.
Permitam-me compartilhar uma experiência pessoal: em abordagens aparentemente rotineiras, cidadãos educados e serenos revelaram-se foragidos da justiça. Se não fosse pela abordagem baseada em padrões legais e táticos, o desdém poderia ter prevalecido, colocando em risco não apenas a segurança dos operacionais, mas de toda a sociedade.
Além dos riscos táticos, os operacionais vivem sob constante vigilância social. Olhares críticos, celulares e câmeras estão sempre presentes, semeando inadvertidamente o medo do erro nos aspectos legais. Este medo excessivo não apenas inibe ações, mas também afeta o lado emocional desses profissionais, que enfrentam o julgamento injusto da sociedade.
Estudos alarmantes revelam que o número de operacionais mortos em ocorrências de alto risco está relacionado ao dilema de hesitar, mesmo agindo corretamente. E por quê? Porque, em muitos casos, esses profissionais estão preocupados com suas ações, ponderando entre a preservação de suas vidas e a preservação de suas vidas sociais.
A vida de qualquer pessoa é valiosa, e aqueles que se dedicam a proteger a sociedade merecem uma consideração especial. Devemos repensar nossa abordagem, não apenas nos aspectos táticos, mas também no emocional. Precisamos compreender que, para obter operacionais melhores, é essencial fornecer suporte emocional e mitigar o medo do julgamento social.
Em última análise, a segurança de todos depende da preparação e bem-estar dos operacionais. Vamos repensar e reconhecer o peso que carregam, para que possamos construir uma sociedade mais segura e compassiva.
Joao Henrique dos Santos RIBEIRO
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