Nos últimos anos, diversas mudanças legislativas vêm consolidando a função da Guarda Municipal como uma força policial essencial para garantir a segurança da população. Leis como a Lei Federal nº 13022/2014 e a ADPF nº 995 têm conferido poderes mais acentuados à Guarda Municipal, reconhecendo sua importância na manutenção da ordem pública.
Ao conceder à Guarda Municipal status policial, a legislação visa fortalecer as instituições responsáveis pela segurança, promovendo uma atuação mais eficaz no combate à criminalidade. A sociedade, portanto, deve questionar: de que lado você está? Estar contra a evolução da Guarda Municipal como força policial é um erro que impactará toda a sociedade.
A segunda parte deste texto nos leva ao Rio de Janeiro, onde o descaso político tem minado a eficácia das instituições de segurança. Políticos utilizam a insegurança como trampolim para se perpetuarem no poder, enquanto a corrupção e outros fatores transformaram o estado em um terreno onde as leis foram "esquecidas". Os recentes escândalos envolvendo os últimos governadores, todos presos por corrupção, demonstram o quão obscuro é o cenário político fluminense.
Nesse contexto, a escolha dos líderes não se baseia na capacidade, mas sim em interesses políticos, transformando a segurança pública em uma moeda de troca. A sociedade carioca sofre as consequências, desacreditando nas autoridades e, por conseguinte, na segurança pública coordenada por elas. A desconfiança prevalece, comprometendo a eficácia das medidas de segurança.
Neste momento crítico, em que a violência amedronta o Rio de Janeiro, é imperativo que todas as forças policiais deixem de lado caprichos e diferenças, unindo-se em um esforço coeso para combater o mal que afeta nossa sociedade. Não é mais tempo de ser ou não ser polícia; é hora de estarmos todos do mesmo lado, juntos, para enfrentarmos nosso maior inimigo: a violência.
A colaboração entre as diversas instituições policiais é crucial para garantir uma resposta eficiente e abrangente aos desafios que enfrentamos. Não podemos permitir que divergências internas prejudiquem a missão comum de proteger a população e restaurar a segurança nas ruas cariocas.
Ao deixar de lado rivalidades e buscar uma união estratégica, as forças policiais podem aproveitar as sinergias existentes, compartilhar informações e coordenar esforços para enfrentar criminosos que operam nas fronteiras invisíveis que muitas vezes dividem nossas áreas de atuação.
A sociedade clama por uma resposta unificada e efetiva contra a violência, e isso só será possível quando as forças policiais se colocarem lado a lado, compartilhando recursos, conhecimentos e experiências. É hora de trabalharmos juntos para criar um ambiente seguro e pacífico para todos os cidadãos.
Esta é uma batalha que só será vencida com cooperação e solidariedade. Juntos, somos mais fortes, mais resilientes e capazes de transformar o Rio de Janeiro em um lugar onde a segurança e a paz prevalecem sobre a violência. Este é o momento de estarmos todos no mesmo lado da justiça, da ordem e do comprometimento com a segurança da nossa comunidade.
Os números da violência no estado são alarmantes, refletindo a urgência de ações eficazes. No entanto, há esperança. Ao reforçar a Guarda Municipal, estamos investindo em uma força policial local que conhece a realidade da comunidade, promovendo uma abordagem mais integrada e efetiva no combate ao crime.
A Guarda Municipal, com poderes acentuados, pode ser uma das respostas que o Rio de Janeiro precisa para reverter o quadro atual. Ao acreditar no potencial dessa instituição, estamos construindo um futuro mais seguro e confiável para todos. Portanto, de que lado você está? Optar pelo fortalecimento da Guarda Municipal é optar por uma segurança pública mais eficiente e justa, contribuindo para a reconstrução do estado do Rio de Janeiro.
Joao Henrique dos Santos RIBEIRO
P.S.: O desenho utilizado no texto é do IV concurso de desenho e redação Palavra Viva, da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro em parceria com o Município do Rio de Janeiro.
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