Após os dias de festa extravagante, onde o Rio de Janeiro se transforma em um espetáculo de cores, música e alegria, surge uma reflexão contundente sobre quem realmente controla os destinos dessa cidade tão emblemática. O carnaval, com seus desfiles grandiosos, turistas animados e camarotes lotados, revela-se como um cenário onde a ilegalidade informal ganha espaço.
Por trás da folia, há uma verdade sombria que muitos preferem ignorar. A pergunta persistente ecoa: quem detém o verdadeiro controle no Rio de Janeiro? São os bicheiros, milicianos e traficantes, ou o governador e seus secretários?
Enquanto as escolas de samba desfilam, os bastidores revelam uma conexão obscura entre o espetáculo e o submundo do crime. Organizadores, em sua maioria ligados a atividades ilícitas como o jogo do bicho e milícias, desfrutam da liberdade proporcionada pelo carnaval, enquanto as comunidades são coagidas a manter a paz.
A segurança pública, paradoxalmente, trabalha arduamente para preservar a paz durante quatro dias, enquanto durante 361 dias do ano, a ilegalidade prospera, trazendo medo e insegurança aos cariocas. A simbiose entre o poder oficial e o submundo é desconcertante, com líderes da ilegalidade sambando lado a lado com figuras do governo na avenida.
Os meios de comunicação, por sua vez, parecem dar destaque a esses personagens, que, após o carnaval, retornarão às suas atividades prejudiciais à sociedade. A triste realidade é que a festa efêmera mascara uma dura verdade: o Rio de Janeiro é palco de uma dualidade inquietante, onde a linha entre o legal e o ilegal muitas vezes se torna indistinta.
É difícil aceitar que esse enredo sombrio não seja apenas uma encenação temporária, mas sim a dolorosa realidade enfrentada pelos cariocas. Em meio à beleza efêmera do carnaval, resta a esperança de que um dia essa triste realidade seja transformada, e o Rio de Janeiro possa brilhar não apenas nos dias de festa, mas ao longo de todo o ano.
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Joao Henrique dos Santos RIBEIRO
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